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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Babel é aqui

Diversas culturas, diversas nacionalidades, diversos idiomas, todos se encontram no curso de francisação! Gente, é a coisa mais interessante e mesmo divertida que eu já vi por aqui. Pessoas com diferentes costumes reunidas numa sala de aula com um único propósito: aprender francês. Estou no nível três, que é o último nível, então na minha turma as pessoas já falam bastante francês a ponto de poderem estabelecer uma comunicação. Fico maginando como deve ser no nível um! Sim, pois na minha turma tem uns cinco brasileiros, dois romenos, uma búlgara, um russo, um cubano, uma venezuelana, uma peruana, uma costa-riquenha, duas chinesas e um egípcio. É claro que a única coisa que nos une é o parco conhecimento da língua francesa. E a gente se torna amigo, falando nosso francês de pé quebrado, se entendendo como pode ou deixando prá lá quando não há explicação que dê jeito. Na sala de aula, estou entre o russo e um romeno. E a gente conversa! Mas o melhor é a troca de informações sobre nossos países, nossa cultura, nossos costumes, nossa comida. Uma vez o professor perguntou a uma das chinesas o que havia no lugar onde ela morava na China. Ela disse que havia praia e gente. Muita gente! Na hora do almoço, todo mundo leva sua comida de casa e esquenta num dos vários microondas da cafeteria. À mesa, ficamos a perguntar se a comida que o outro está comendo é do seu país, como é feita, o que é aquilo! Tudo devidamente explicado em francês!!! E como é divertido! É uma troca de experiências verdadeiramente enriquecedora. Ah! E, claro, tem as piadas! Todas no mais perfeito francês quebecois. A outra chinesa é casada e tem três filhos, dois deles canadenses. Ela disse que o terceiro filho é fruto de um preservativo de fabricação canadense que estava furado, ao que a costa-riquenha observou: "Mas claro! O canadá quer aumentar sua população, então os preservativos saem da fábrica devidamente furados!!!" Realmente, não sei se poderia ser melhor. Tem sido um momento maravilhoso: aprender francês, conhecer outras culturas, fazer amigos. É um bom começo.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ana e Antônio

Sabe quando você está na expectativa de se mudar prá um lugar que você não conhece e onde você não conhece ninguém e, além de tudo, nesse lugar não se fala a sua língua? Era assim que a gente estava quando Deus colocou no nosso caminho um casal maravilhoso - Ana e Antônio.
Ana é minha prima, não me pergunte em que grau! Mas isso não interferiu em nada quando ela soube que nós estávamos de mudança prá Montreal e se ofereceu prá nos receber em sua casa. E ela não só nos recebeu como também esperou conosco numa fila sem tamanho prá fazermos a carteira da assistência médica, pois era necessário a sua presença para confirmar que estávamos residindo em sua casa, caso contrário teríamos que esperar até termos nossa casa, o que poderia ter atrasado o processo em um mês!
Ana e Antônio nos levaram pra ver alguns apartamentos e nos diziam se era ou não bom prá nós. Alguns o Antônio nos dizia que nem valia a pena perder tempo em olhar, pois o lugar não era legal. E quando encontramos o nosso apartamento, o ideal pelo tamanho, localização, preço, eles vibraram conosco pelo achado.
Mas tinha que haver um senão: o apartamento não estava livre, ou seja, o inquilino iria sair no final do mês de setembro. Isso significava que ainda esperaríamos quase três semanas prá podermos nos mudar. E mais uma vez Ana e Antônio nos acolheram: ou seja, ficamos na casa deles por quase um mês inteiro!
Não! Não é toda hora que você encontra gente assim no seu caminho. Cada um pode pensar como quiser, mas eu acredito na Providência Divina - foi Deus que colocou esse casal em nosso caminho e agradeço a Ele por isso. E peço que Deus continue derramando bênçãos sobre eles.
Ana e Antônio, muito obrigada por tudo!!!

sábado, 11 de outubro de 2008

Vida de cigano!

Muita gente me perguntou por que estava me metendo nessa empreitada de vir morar no Canadá. Eu respondia: "minha vida parece que começa a criar pó, então tem que sacudir a poeira!"
É isso! Quando me casei com Dudu me mudei de Salvador pro Rio. Achei que iria ficar por lá, mas 6 anos depois tivemos a oportunidade de nos mudar prá Aracaju. Sem mais delongas, arrumamos as malas e... Aracaju, aqui vamos nós! Doze anos depois, os filhos já morando em Salvador (sacudiram a poeira antes de nós), arrumamalaê, que nós vamos embora... prá Montreal!!!
Confesso que, de vez em quando, achava que auqela mudança era um sonho, que no final não iria acontecer e a gente iria ficar inde estava. Mas aconteceu! Cá estamos. E agora que aconteceu de verdade, estamos sentindo um misto de excitação e ansiedade.
E a saudade? Ai, dessa eu nem posso falar! De vez em quando me dá um aperto no coração, choro, me pergunto o que é que eu tô fazendo aqui e depois passa. Olho prá frente e vejo que tenho que ter coragem pra enfrentar essa nova vida, pelo menos até que chegue a hora de me mudar de novo! Sim, essa possibilidade estará sempre presente! Pelo menos até o dia em que eu arriar as malas em Salvador!