sábado, 24 de janeiro de 2009

Casa cheia!

Ah, finalmente a família está reunida novamente! É difícil até descrever como me sinto feliz.

Os meninos chegaram bem, apesar de cansados. Minha maior preocupação era a conexão em São Paulo, pois o aeroporto é muito grande e o guichê da Air Canada é bem longe do desembarque doméstico. Mas, como André é menor, a funcionária da TAM acompanhou-os até o guichê do checkin internacional. Quando chegaram em Toronto, prá não dizer que tudo correu às mil maravilhas, o funcionário da imigração implicou com a foto de André, dizendo que não estava boa. Perguntou se ele tinha outra e Laís respondeu simplesmente que não. Só prá implicar, pois eu e Dudu tiramos nossas fotos no mesmo dia que André, com o mesmo fundo e ninguém implicou conosco quando chegamos. Bom, o resultado disso foi que os meninos perderam o vôo que estava programado prá eles. mas pegaram o vôo seguinte, sem problemas. Nenhum extravio de bagagem, nenhuma avaria, nenhum contratempo, NADA! Fiquei sem assunto! Alguém me diga como é que se pode escrever coisas interessantes se tudo corre normalmente! Brincadeirinha! Graças a Deus tudo correu normalmente.

Mas (ah, tinha que haver um MAS) tinha o frio. Ah sim, afinal estamos no inverno e Montreal não poderia receber os meninos no mês mais frio do ano com temperaturas amenas. Hoje os termômetros marcaram -20°C em média com uma sensação térmica de -30° (por causa do ventinho glacial que insiste em soprar). Dentro do aeroporto tudo estava bem. Mandamos os meninos vestirem os casacos que levamos prá eles, colocarem as luvas e os cachecois. André perguntou se precisava mesmo daquilo, pois ele não estava com tanto frio assim e afinal estava fazendo um sol lindo! Eu disse: vista tudo isso e se prepara prá a baforada gelada que vem por aí, quando a gente abrir a porta. Dito e feito. Quando a porta se abriu eu perguntei: e agora? Estão com frio? Pois é. Isso é o frio. Primeira lição em Montreal: no inverno, não se engane com o sol; quando ele aparece, geralmente é quando está mais frio! Lição ensinada, vão ficar uma semana de molho em casa prá perder o calor que trouxeram do Brasil. Semana que vem, rua, prá aprender a conviver com o frio!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Aventuras de fim de ano

O Natal daqui a gente até pode dizer que foi bem parecido com o Brasil: muita chuva! É claro, uns 30 graus a menos. Mas prá nós, que só conhecíamos o Natal branco com neve de acrilon, foi meio frustrante, pois estávamos esperando passar o nosso primeiro Natal debaixo de uma montanha de neve e não debaixo de um guarda-chuva. O pior é que tinha nevado uns dias antes. Na verdade, tinha neve acumulada nos lados das ruas. Mas já estavam virando gelo. Quando paramos o carro em frente à Igreja, abri minha porta e me deparei com aquele monte com uns 50 cm de altura. Consegui sair do carro e subi no monte. Detalhe: eu estava segurando uma bandeja com um rocambole de-li-ci-o-so que eu tinha feito prá a ceia. Tinha uma deliciosa cobertura de chocolate derretido e por isso não tinha como cobrí-lo. Resultado, chegou ao seu destino devidamente molhado de chuva! Que raiva!!! Mas tudo bem. Bom, eu desci do carro e subi no monte de neve prá tentar alcançar a calçada. Enquanto me preparava prá fechar a porta, com a bandeja na mão, meu pé afundou na neve! Tentei sair apoiando o outro pé e... afundei de novo! Como não tinha mais jeito, fui afundando até chegar à calçada! O importante era não cair. E principalmente, não derrubar o rocambole! Mas graças a Deus tudo correu bem e tivemos um culto de Natal muito bonito.
Ao final da ceia do dia 24, a Meire, esposa do Pastor, convidou algumas pessoas prá almoçar na casa deles no dia seguinte. Aí eu falei: ah, tá! Vamos enterrar os ossos! O pessoal me olhou com aquela cara de espanto: como assim, enterrar os ossos! Pô, como a maioria é do sudeste do Brasil, acho que por lá ninguém conhece essa expressão. Tive que explicar: calma, gente! É só prá dizer que a gente vai finalizar o que começou, em resumo, comer o resto! E que resto, viu? Mas enfim, dúvidas esclarecidas, no dia seguinte fomos à casa do Pastor prá... almoçar? jantar? qualquer coisa entre esses dois, pois como aqui está escurecendo cedo, quando nos sentamos prá comer já estava escuro. Daí a dúvida.
Agora a virada do ano, vou ser muito franca: com o frio que fez aqui em Montreal, prá passar de 2008 prá 2009 só usando uma passagem secreta! Sim, e o vento empurrava a gente! Neve, mais uma vez, não tinha. Gelo, muito! O vento empurrava e a gente deslizava no gelo. Muito doido! Dessa vez levei tudo coberto. Mas não choveu! Sim, porque só chove se a temperatura sobe e como estava tipo -15°C, nem neve e muito menos chuva. Mas com o vento, a sensação térmica chegava a -25°C. Ah, tudo bem! Debaixo das minhas 3 camadas de roupa, mais o casaco, tava só fresquinho. Mas mesmo com todo esse frio, chegamos em casa quase 5 horas! Passamos o ano com a turma da Igreja e depois fomos prá a casa de Ana e Antônio. Pois é, quando fomos deitar, a comida ainda estava no esôfago, uma vez que todos os demais órgãos do aparelho digestivo estavam repletos. Que exagero! Acha pouco? Pois no dia 1° fomos... enterrar os ossos (agora bem entendido!) de novo na casa do Pastor. Dessa vez foram ossos de galinha, pois decidimos abdicar do peru. Mais uma vez ficamos na dúvida entre almoçar ou jantar, mas foi muito bom. Ficamos jogando Uno (o nosso Can-Can, lembra?) até altas horas. Somente as mulheres ganharam. Meninas, esse ano é nosso!!!