Já estou bem! Mas quem me conhece sabe que sou chegada a umas enxaquecas, né? Pois é, há umas duas semanas atrás tive a enxaqueca, aquela que a gente não esquece jamais! Talvez (e tenho quase certeza) tenha sido o frio, pois peguei uma chuvinha fina e gelada no dia em que fui fazer o teste teórico para a carteira de motorista - é isso mesmo, fiz o teste com uma baita dor de cabeça! E passei!
Mas isso não vem ao caso. Quero falar mesmo é da situação com que me deparei: aqui você não compra qualquer medicamento sem receita médica. Tudo o que tinha na prateleira da farmácia e que podia ser vendido sem receita eu tomei: paracetamol e iboprufeno. Tomei também o que trouxe do Brasil, a famosa Neosa (dipirona, não vi por aqui). Nada. Parecia que estava comendo balinhas.
Quase desesperada, fui a uma farmácia e pedi prá falar com a farmacêutica. Ela me disse que sem receita só poderia me indicar o iboprufeno. Nada.
Em desespero, liguei para o seguro de saúde que fiz no Brasil. A atendente disse que em vinte minutos alguém me ligaria de volta. Aguardei. Aproximadamente vinte minutos depois me liga um cara de Miami falando português com sotaque espanhol. Me pergunta o que eu tenho e de novo explico a epopéia da enxaqueca. Ele então me diz que vai localizar ou um médico prá me atender em casa ( já eram mais de 9 horas da noite) ou uma clínica próxima de casa onde pudesse ir.
Em estado de quase total desespero, me imaginei saindo de casa àquela hora da noite, naquele frio e sem carro! Não precisou. O rapaz e Miami me ligou e disse que o médico iria à minha casa e chegaria dentro de uma hora.
Não tô brincando não! Exatamente uma hora depois, o médico tocou a campanhia. Fez as perguntas de praxe (em francês, né?), colocou uma luz nos meus olhos, me mandou tocar o nariz com a ponta do dedo indicador, me mandou andar na ponta dos pés e nos calcanhares, até que chegou finalmente ao diagnóstico: enxaqueca! Não diga (quase falei)! Muito atencioso, passou dois medicamentos e preparou-se para sair, dizendo que providenciasse o remédio no dia segunte, pois àquela hora não havia farmácias abertas - a que encontraríamos era muito longe, o que encareceria bastante.
Em estado de desespero total, perguntei: e agora, como é que eu durmo essa noite? Ele disse que nada poderia fazer. Em outras palavras, sobreviva a esta noite.
Bom, prá resumir a história, passei a noite com a Neosa e uma pomadinha chinesa na testa. Sobrevivi. No dia seguinte, Dudu comprou os remédios. Um fez efeito de MM. Mas o outro... Que bomba! Tomei, apaguei e acordei sem dor! Esse não sai mais da minha bolsa.
Conselhos para a Mulher Forte
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